segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não quero ser um fraco

A dor enfraquece. Apesar de inevitável. Despedaça-nos em um caótico estado de deprimência contida que nos contamina e mina todo o pensamento, no qual nada parece repor o buraco negro da alma que sangra... nos suga... moendo ossos e vísceras, para lembrar-nos que somos de carne e que não passamos disto: animais.

A decisão de se entregar à dor é difícil. Não se quer parecer frágil, expor-se.

Admirável é a pessoa que não sente uma gota de constrangimento ao derramar seu pranto em público – sofrer em silêncio parece-me mais dolorido –, emanando de si a sinfonia de viver, porque viver também é sofrer.

Nietzsche já dizia: “o que não mata, fortalece”. A minha dor é em meu universo, não dá para dividir. Não sei se é aceitável (para outros), mas quanto a mim, mais vale sofrer em silêncio que incomodar outrem com aquilo que não me faz bem.

Antes fosse TPM

Há dias em que tudo em você incomoda. Primeiro a sua cara no espelho: seu reflexo parece estar desconexo com o seu eu. Tudo parece um horror! “mas que cara de doente”, o pior é que quanto mais se tenta camuflar alguns aspectos, pior fica. Nunca se está satisfeito. Nem o que sempre lhe pareceu a roupa ideal serve nesses dias.

Nesse dia também, a programação da TV torna-se incrivelmente patética e desinteressante, o som das coisas te irritam, a sua voz parece algo desnecessário e damo-nos o trabalho de responder apenas às perguntas simples com um aceno de cabeça.

É o dia da fossa completa... que dia chato foi hoje. O que fazer? Espero que o dia acabe, o sono chegue e o espelho dos meus olhos sejam menos cruéis comigo quando amanhecer.

Este mês ainda não postei nada por aqui...

... não sinto isso como uma obrigação, posto quando me dá vontade mesmo, ou quando acho algo antigo que escrevi e engavetei (pois apesar do teclado do PC ter me viciado um período da minha vida, ainda prefiro papel, caneta e rabiscos para expor as ideia que me surgem em mente). Este é o caso. As próximas duas postagens, não foram feitas em um mesmo período (se bem que poderiam, mas isso já é com vocês). Foram coisas que escrevi e a memória guardou, tão guardado, que tomei um susto ao passar os olhos por aquelas letras novamente, quase como se não tivessem sido redigidas por mim.
"Vou compartilhar" - decidi. Fiquem a vontade para mergulhar nas palavras, ou apenas navegar de passagem. Até a próxima!