segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não quero ser um fraco

A dor enfraquece. Apesar de inevitável. Despedaça-nos em um caótico estado de deprimência contida que nos contamina e mina todo o pensamento, no qual nada parece repor o buraco negro da alma que sangra... nos suga... moendo ossos e vísceras, para lembrar-nos que somos de carne e que não passamos disto: animais.

A decisão de se entregar à dor é difícil. Não se quer parecer frágil, expor-se.

Admirável é a pessoa que não sente uma gota de constrangimento ao derramar seu pranto em público – sofrer em silêncio parece-me mais dolorido –, emanando de si a sinfonia de viver, porque viver também é sofrer.

Nietzsche já dizia: “o que não mata, fortalece”. A minha dor é em meu universo, não dá para dividir. Não sei se é aceitável (para outros), mas quanto a mim, mais vale sofrer em silêncio que incomodar outrem com aquilo que não me faz bem.

Um comentário:

  1. Quem guarda seu pranto, as vezes, protege os demais da dor que é tão somente sua, outras vezes facilita compartilhar, vai do altruísmo de cada um(a).
    ps:Enfim voltastes... bom lê-la novamente.

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