quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Águas de março

Uma árvore não muda de lugar. Nem por isso deixa de se transformar. O ambiente muda e lá está ela a preparar seus galhos e folhas para a próxima estação.

Chove lá fora.

A árvore? Da janela vejo-a tremular de frio ao empapar suas raízes com as águas de março (que hoje resolveu não cessar desde 5h da manhã)

É quase meio dia.

O vento frio da madrugada ainda permanece como se o sol ainda não tivesse dado o ar de sua graça.

O cheiro do feijão da mamãe a cozinhar, lembra-me que metade do dia já se foi [fome] e ainda nem tomei café.

Isso não me importa hoje. Acordei feliz e há dias em que nos damos tempo para o ócio – sem a preocupação de estar desperdiçando tempo, pois por vezes nos tornamos escravos dele (O Tempo!) como se fosse um Deus perverso que castiga quem não corre atrás e assim sentimo-nos na obrigação de sempre estar correndo atrás de algo e quando não temos esse algo, procuramos.

A esperteza está em sabermos o momento certo de desacelerar. Toda engrenagem precisa de reparos de vez em quando. Somos mais complexos que máquinas e nanotecnologias, então deveríamos fazer nossa “revisão interior” periodicamente para não corremos o risco de “apagão repentino”.

Mesmo com a chuva, a árvore sabe que pode contar com o sol para se aquecer quando a água deixar de cair do céu. Se não hoje (pois ainda chove), talvez amanhã ou depois. Há tempo de esperar. De certo, o verão brabo começa em julho, então, querida árvore, guardai reservas em suas raízes, pois tempo de secas virão. Cada coisa tem seu tempo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pequenas caraminholas na cabeça

Onde ficam as ideias que não são realizadas? Quando penso sobre essa questão algumas respostas me a(parecem) aceitáveis (ou não?)...

Ele – o caminho – pode ser variado: Primeiro: pode ser interrompido com reticências e morrer ali mesmo. Uma coisa do tipo (...) e acabou!; Segundo: ser cuidadosamente pensada, não sair do plano das ideias e ser eternamente (ou até onde os anos nos permitirem) ser lembrada como algo que poderia ter dado certo, poderia ter sido legal, poderia ter dado resultado (coisas do pretérito imperfeito); Terceiro caminho: hum, esqueci.

 

Agora, só me resta repetir o primeiro caminho...