sábado, 11 de dezembro de 2010

Oh, raia o sol, suspende a lua...




Não se sabe ao certo quando ele surgiu, mas sabe-se (como geralmente começa uma boa história) que foi há muito, muito tempo atrás. Se falarmos em lona e picadeiro, logo imaginamos um mundo mágico-colorido-feliz e imediatamente fazemos a associação com a figura emblemática que não pode faltar em um bom circo: o palhaço.

De cara pintada, figurino inusitado, ou sem todos esses apetrechos (como um bom bufão), o palhaço vem construindo sua história no coração de quem ainda guarda uma alma de criança.

Em Macapá, comemoramos o dia internacional do palhaço com uma palhaceata que iniciou às 17h, em frente ao Teatro das Bacabeiras, e concentrou-se no famoso L.B. (Lugar Bonito, para os íntimos ou o conhecido Parque do Forte), onde se pôde ver palhaçadas e brincadeiras comandadas pela trupe (incluindo eu! #D) Movimento Cultural Roda Ciranda.

Dedico este espaço (especialmente!) para dar parabéns a todos os palhaços espalhados pelo mundo a fora!

“Oh, raia o sol, suspende a lua, olha o palhaço no meio da rua...”

Quer saber sobre a história do circo? Confere aí: http://www.ahistoriadocirco.hpg.ig.com.br/index.html

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mon boire n'est plus amer


Buvez un chocolat!

Tu m'a dit au revoir

pour quoi?




Mon boire c'est plus amer…

Notre chanson

tu a oublié




Mantenant, je vais sourire

et par le monde partir

Je vien du sortir

Je vais voir la vie

naitre aujourd'hui

C'est ça et

c'est fini!

E agora Moema?



Moema morreu

Morreu de amor

As águas banham-se em seu agora silencioso clamor

– Amado meu!

Morreu Moema




O navio levou com ele sua alma

Desprezada estava

Não valia mais nada




Seu pranto não comoveu

O amado a esqueceu

E assim, Moema morreu

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Além do dicionário



           Algumas coisas são muito fáceis de definir com palavras. Tudo é suscetível de ser descritível. Basta olhar qualquer dicionário: milhares de coisas com suas respectivas definições.

           Ler dicionário era um hábito antigo, talvez também por isso sempre buscasse respostas para as questões da vida que apareciam/aparecem, sempre de forma bastante lógica – causa e efeito, coisas cientificamente comprovadas –, duvidando das coisas indefinidas e sem resposta pronta.

           Mas a vida ensina. Nem a matemática (ciência da racionalidade) é exata.

           Então, como definir o indefinível?... Aquele sentimento que classificamos no bom português como abstrato, revela-se quase tangível quando o sentimos: o coração salta do peito, parece-nos que estamos aprendendo a arte de respirar outra vez ou como uma grande pancada na cabeça que deixa tonto (mas sem a dor do baque).

           Dessa vez vou deixar as definições para depois – ou para o português (ou alguma outra língua que consiga traduzir em palavras o que significa)... – Só sei que sinto e pronto! Não consegui definir, mas já se deve saber do que se trata: estou falando de você, amor.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não quero ser um fraco

A dor enfraquece. Apesar de inevitável. Despedaça-nos em um caótico estado de deprimência contida que nos contamina e mina todo o pensamento, no qual nada parece repor o buraco negro da alma que sangra... nos suga... moendo ossos e vísceras, para lembrar-nos que somos de carne e que não passamos disto: animais.

A decisão de se entregar à dor é difícil. Não se quer parecer frágil, expor-se.

Admirável é a pessoa que não sente uma gota de constrangimento ao derramar seu pranto em público – sofrer em silêncio parece-me mais dolorido –, emanando de si a sinfonia de viver, porque viver também é sofrer.

Nietzsche já dizia: “o que não mata, fortalece”. A minha dor é em meu universo, não dá para dividir. Não sei se é aceitável (para outros), mas quanto a mim, mais vale sofrer em silêncio que incomodar outrem com aquilo que não me faz bem.

Antes fosse TPM

Há dias em que tudo em você incomoda. Primeiro a sua cara no espelho: seu reflexo parece estar desconexo com o seu eu. Tudo parece um horror! “mas que cara de doente”, o pior é que quanto mais se tenta camuflar alguns aspectos, pior fica. Nunca se está satisfeito. Nem o que sempre lhe pareceu a roupa ideal serve nesses dias.

Nesse dia também, a programação da TV torna-se incrivelmente patética e desinteressante, o som das coisas te irritam, a sua voz parece algo desnecessário e damo-nos o trabalho de responder apenas às perguntas simples com um aceno de cabeça.

É o dia da fossa completa... que dia chato foi hoje. O que fazer? Espero que o dia acabe, o sono chegue e o espelho dos meus olhos sejam menos cruéis comigo quando amanhecer.

Este mês ainda não postei nada por aqui...

... não sinto isso como uma obrigação, posto quando me dá vontade mesmo, ou quando acho algo antigo que escrevi e engavetei (pois apesar do teclado do PC ter me viciado um período da minha vida, ainda prefiro papel, caneta e rabiscos para expor as ideia que me surgem em mente). Este é o caso. As próximas duas postagens, não foram feitas em um mesmo período (se bem que poderiam, mas isso já é com vocês). Foram coisas que escrevi e a memória guardou, tão guardado, que tomei um susto ao passar os olhos por aquelas letras novamente, quase como se não tivessem sido redigidas por mim.
"Vou compartilhar" - decidi. Fiquem a vontade para mergulhar nas palavras, ou apenas navegar de passagem. Até a próxima!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sem título e reticências


Naquela tarde, em um dia que esperava ser medíocre como tantos outros da minha vida, aconteceu: começou a chover! Está bem, eu sei, não é grande coisa! Todo dia chove em algum lugar do mundo (ou será que não?). Agora mesmo deve estar chovendo em algum lugar. Pois bem, acontece que no dia que eu achava que ia ser o dia mais comum da minha vida, choveu – vale ressaltar que eu me encontrava no meio do caminho para minha casa, em um ônibus que por incrível que pareça não estava lotado (o que para um fim de tarde em plena segunda-feira é raro) – e divagava em pensamentos corriqueiros, como os trabalhos atrasados da escola por falta de administração de tempo e coisas assim. Já imaginava as madrugadas que teria que gastar para colocar tudo em dia quando os ruídos das primeiras gotas caindo no teto me fizeram voltar ao banco em que me encontrava.


Suspirei. "Ah! Não acredito que vou me molhar, essa chuva não podia esperar até eu chegar em casa?". Havia tempo que não levava um caldo. É... a natureza não espera, cheia de si, a chuva ia chegar porque ia chegar e pronto. Minha vontade não tinha nada a ver com isso! E que egoísmo meu achar que todos ali naquele ônibus compartilhavam o mesmo pensamento! A criança, que estava do meu lado na janela, brincava com a vidraça que agora embaçava, pois a chuva chegou com toda sua força, de modo que não se via no céu nenhum tom que não fosse cinza-grafite. O garoto ao meu lado, realmente não partilhava do mesmo pensamento.

Desci do ônibus. Cada gota que caía em meu rosto parecia levar de mim os pensamentos, pois enquanto caminhava, tinha a impressão de que meus sentidos tinham sido multiplicados por dez. Ouvia com clareza, e gostosa sonoridade, o som da chuva em minha roupa, a água deslizando dos meus cabelos para o rosto e fluidamente tocando todo meu corpo, antes de tocar o chão. Parei por alguns segundos, fechei os olhos e inclinando levemente a cabeça para trás, deixei que a água que vinha não-sei-da-onde-não-sei-para-que adentrar o meu ser. Bebi com grande contentamento alguns goles refrescantes.

Estava com lama espirrada até os tornozelos e ainda faltavam alguns quarteirões até minha casa. Passava distraída cantarolando alguma melodia que não me lembro mais e quando me dei conta – até agora não sei muito bem como aconteceu – estava eu no chão em uma possa de lama, com a cabeça tonta. Meu cérebro deu meia volta e me senti enjoada.

Passei a mão no rosto e vi jogada no chão uma bicicleta um tanto quanto retorcida. “Foi aquilo que jogou me aqui”, pensei. Só nesse instante percebi que havia uma pessoa ao meu lado perguntando se estava tudo bem e a minha resposta foi: “ah, com certeza!! Só estou brincando um pouco na lama porque me deu vontade!!” Para minha sorte estava chovendo, caso contrário, a essa altura já estaria ao meu redor uma dúzia de curiosos contando suas versões “legítimas” de como tudo tinha acontecido e provavelmente já teriam dito até quantos ossos eu tinha fraturado! Tive sorte de só ter ficado um pouco arranhada no joelho.

Tentei levantar, mas sentia as pernas bambas, o rapaz a meu lado, o que perguntou se estava tudo bem, me ajudou a levantar. Ainda chovia forte. O ferimento em meu joelho sangrava e com a água, escorria sem parar. Não era profundo, mas talvez por isso o rapaz aparentasse preocupação.

Após alguns segundos, meu juízo parecia voltar ao lugar. Devo ter batido a cabeça na queda. Olhei novamente para ele ao meu lado. Pegou a bicicleta do chão, pediu sinceras desculpas e foi embora.

A continuação desta história poderia ter sido muito boa. Muito boa mesmo. Mas a vida não é uma novela. Nunca mais vi o rapaz e sinceramente, não me interessa este ponto em questão. O que aconteceu depois? Bom, nada de interessante. Cheguei em casa, tomei um banho demorado (apesar de já estar molhada até os ossos) e adormeci. Digamos que o que aconteceu comigo tenha servido para alguma coisa... bom, há tempos não parava para sentir a vida, na verdade sentir-me sentindo a vida. Já estava no “piloto automático”, digamos assim, e aqueles segundos na chuva fizeram-me refletir sobre o tempo: se não soubermos aproveitá-lo, uma bicicleta pode atropelá-lo, deixando-lhe somente os arranhões, antes de se ter degustado um pouco de vida.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Eu’s em mim


Não sei se sou, ou apenas reflexos. Posso ser uma interpretação de mim! (Minhas imagens). Às vezes é tão irritante eu estar comigo o tempo todo, 24 horas. Nem quando durmo fujo de mim: perco-me em sonhos e devaneios – meus.

Meus sonhos, meus reflexos, minhas imagens. Tudo tão “eu” (ou partes de mim). Fragmentos de existência.

Me completo com o mundo, mas me sinto só. Na imensidão do meu próprio universo, me divorcio do todo e continuo sempre sendo acolhida por ele (oh, filha pródiga) e volto uma, duas, três, infinitas vezes a sentir que escapo de mim toda vez que olho o céu azul.

sábado, 24 de abril de 2010

Darwin pode ter razão

O supermercado, como o nome sugere, é um local de variedades, isto não é novidade. Vê-se de carnes a iogurtes, enlatados e frutas frescas.

Na era da frase “o cliente tem sempre razão”, as melhores empresas atiram-se com a fome voraz de grandes tigres atrás de sua presa, arquitetando a melhor armadilha (estratégia) para a satisfação da presa em potencial (público-alvo) para assim poder sustentar-se na selva.

O alvo da vez pode escolher, dentro do que lhe cabe (principalmente no bolso!), um enorme leque de opções, mas voltando ao supermercado, variado, sortido e incrementado que falei no início, não me senti muito a vontade na prateleira de batatas fritas.

Pode parecer piada, mas não encontrava a batata com gosto de batata! Eram tantas opções: batata sabor cebola e orégano, batata sabor bacon, batata sabor queijo e presunto (ou só de queijo), batata sabor alho poró, pimenta, pizza, torresmo... “cadê a opção batata sabor batata” – pensei.

Quando estava desistindo da busca do que parecia uma agulha no palheiro, encontrei-a finalmente! Pacote pequeno, apenas, na última prateleira, seu espaço quase imperceptível, escrito: batata.
... Acho que as linhagens tradicionais estão entrando em extinção.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Resposta Provisória

  Cheguei à conclusão que realmente chocolate é a resposta. Entre tantas comparações possíveis, amor e chocolate se equiparam: pode ser tradicional, recheio surpresa ou sedutoramente apimentado e suas variações (todos deliciosamente doce).
 
  Não esqueçamos o meio amargo (este inesquecível meio amargo!). Muitos se acostumam e até gostam de tal sabor.

  Chocolate é o que chega mais perto da complexa fórmula do amor, mas observações a parte, sua essência é mais parecida com o vírus da gripe: potencial mutante incrível! Pode ir do meio amargo ao apimentado e doce em frações de segundos. Não é regra. O chocolate da nossa vida pode manter-se estável a maior parte do tempo. No fim, a escolha está conosco. Tem chocolate para todos os gostos.

sábado, 10 de abril de 2010

Coisas de rio

Experiment(ação)


Ação, experimentar
É quando a gente se permite errar sem culpa
Agir sem plano traçado
Ver onde o rio vai nos levar
Acerto é bem vindo, mas não objetivo final
Tintas e papel,
borrões e aquarela
Fazem sentido com água e pincel
ou não
brincar de colorir
deixando-me agir
colorindo o preto e branco
sonhos vão des(botando) no papel

segunda-feira, 5 de abril de 2010

BUSCA

Sair
       andar
                 andar
                           andar
                           parar.
                  Voltar
        voltar
        chegar
        c...o...r...r...e...r
              GRITAR
               Morrer?!
                 Sorrir
                Dormir
               Acordar
                Sonhar
                Seguir

Felicidade



Estado que pode se multiplicar ou ser vivido apenas uma vez, mas que sempre estará no baú das lembranças e quando a angústia, a vontade de sumir, tomarem conta de nós, é a ele que recorremos para respirar e poder ter o mínimo de fôlego para descobrir outros tesouros.

Lágrima Contida



O caminho de uma lágrima é sempre muito dolorido, mesmo quando se tratam de lágrimas felizes – pois antes desta última, rios de sofrimento já encheram e secaram várias vezes.

Essência


Quando sou criança, o mundo me parece diferente: cheio de possibilidades.
É fácil voar, fazer o que me vem em mente, sem medo de me machucar.
Talvez exista em mim essência de Peter Pan...
Sei que um dia vou crescer. Só espero que independente do tempo e bolos de aniversário, ainda permaneçam em mim gotinhas de Peter em meu jeito de vi(ver).

sábado, 3 de abril de 2010

Coisas escritas aos 16...

Olhando uns escritos antigos, passou-me na mente flash's de uma fase otimista da vida, fim de terceiro ano, muitos sonhos, planos e etc. Início de quando me permiti expor em papel pensamentos (o título do texto ilustra isso! =D)...



"Pensamentos"

Quando sentirmos diferente o mundo que nos cerca,vamos perceber o quanto é belo o simples fato de viver. Simples? Talvez nem tanto, mas aprender a viver cada segundo é não disperdiçar 60 segundos de felicidade. vivemos em um mar de rosas. só precisamos saber desviar os espinhos, ou se por descuido algum deles nos ferir, devemos seguir em frente, pois o tempo vai ser um poderoso curativo.


É só enxergar esse seu mundo particular e perceber o que a vida já lhe ofereceu de bom: amizades que foram e que vieram - mas marcaram - , momentos de divertimento... Pese na balança! Perder tempo com coisas que só trazem tristeza é aumentá-las ainda mais. A cada dia aprendemos uma coisa nova, a cada instante somos uma pessoa diferente.

Esse SER novo que surge a cada momento não se dá conta que é privilegiado por estar aqui neste mundo e compartilha tudo de maravilhoso que a vida oferece. Agora eu sei, e posso dizer que tudo que acontece comigo é um presente. Um presente maravilhoso, com algumas surpresas não muito boas de vez em quando. Mas sem essas "surpresas", como posso dizer que vivi intensamente? Tudo o que me acontece são conseqüências de minhas escolhas, se eu não aprender com elas, ou acertando, ou errando, não seria divertido, a vida não teria graça.


A emoção da vida está na descoberta de coisas novas, coisas que não imaginávamos que iriam acontecer com a gente. Tudo é tão maravilhoso que as vezes não sabemos o que fazer com tudo o que nos é ofertado pelo nosso destino. Não saber o que nos espera no futuro é o tempero gostoso que nos faz levantar toda manhã na espectativa de um dia cheio de alegria onde "hoje eu vou fazer o meu dia valer a pena".


Faça valer a pena. Torne sua vida divertida. É só mudar seu ponto de vista, mude o ângulo de onde você analisa as coisas. Perceba mais, note os detalhes. São eles que vão preencher o dia maravilhoso que sempre lhe espera acada nascer do sol. Só depende de você.

Antoniele Laine
20/04/05